sexta-feira, 27 de julho de 2012

MOBILIDADE URBANA E PRIVATIZAÇÃO DAS RUAS


              O tema do momento: mobilidade urbana. São milhares de carros e motos jogados as ruas em todo o Brasil. Dizem que por causa do bom momento econômico que atravessa o país. Automóvel também não é mais simplesmente, símbolo de status, apesar de continuar sendo ótimo para paquerar, passear ir a balada ou o que o que o cavaleiro ornado com esta armadura moderna o desejar. O carro, hoje em dia é acima de tudo utilitário, ainda mais com a qualidade de nosso sistema de transporte público.
              Mas o que fazer, como organizar o trânsito cada dia mais caótico de nossas metrópoles? Resposta obvia: obrigação de quem, de acordo com a lei, deve organizar o trânsito. No caso do Recife, a CTTU ou, na parte que cabe ao governo do Estado através do Grande Consórcio Recife (antiga EMTU). Mudam-se os nomes, mas não as responsabilidades nem os problemas.
             Vamos para exemplos concretos, observando as imagens abaixo.

 
          Avenida Dr. José Rufino, trecho Tejipíó. Fluxo de milhares de carros de todos os tamanhos e tipos que transitam desde Afogados atravessando outros bairros extremamente populosos como Areias, Barro, Tejipió, com dezenas de ramificações entre outras comunidades e indo até as fronteiras do município de Jaboatão dos Guararapes, com tráfego intenso em sua via de mão dupla. Um caminhão enorme, que por si só limita o caminho em qualquer lugar, descarregando em horário de pico, e ainda, acrescentando cones para, provavelmente, facilitar e garantir a segurança dos encarregados do desembarque de bebidas e refrigerantes. Acrescente-se um carro de passeio tranqüilamente estacionado e bicicletas nas calçadas, também no processo de embarque/desembarque de bebidas e refrigerantes, ocupando o espaço dos pedestres. Quantas infrações estão sendo cometidas neste momento?

              Outro exemplo não menos absurdo, neste fenômeno da privatização das ruas é o caso de uma rua transversal em Afogados em meio à feira, lojas e camelôs. Uma rua foi “reestruturada” com um portal improvisado e transformada em estacionamento para motos. Eliminando-se a possibilidade de passagem para outros veículos. Alguém deu autorização para isso? 



              De qualquer modo, não adiantam leis, nem órgãos fiscalizadores onde a falta de bom senso e a má-educação imperam. Porque é fácil cobrar dos governantes, quando nos cidadãos não fazemos nossa parte. Quando se joga a culpa para cima, invariavelmente, ela cai na nossa cara.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Concursos Militares


ITA/SP - As inscrições para o Vestibular 2013 do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) acontecem de 1º de agosto a 15 de setembro e devem ser realizadas pela internet.
O vestibular do ITA é realizado em uma única fase e as provas serão aplicadas em diversos estados do País, de 11 a 14 de dezembro de 2012, das 8h às 12h (horário de Brasília). Os candidatos farão provas de física (dia 11), português e inglês (dia 12), matemática (dia 13) e química (dia 14).
No último concurso foram oferecidas 130 vagas para os cursos de graduação em engenharia aeronáutica, eletrônica, mecânica-aeronáutica, civil-aeronáutica, computação e aeroespacial. Os cursos têm a duração de cinco anos e os alunos recebem gratuitamente ensino e alimentação. Outras informações:  (12) 3947.5813 ou vestita@ita.br.
IME/RJ - As inscrições para o Vestibular 2012 do Instituto Militar de Engenharia (IME) já estão abertas e seguem até o dia 3 de setembro. O investimento é de R$ 95.
As provas acontecem em duas fases: a primeira (dia 13 de outubro) constará de questões objetivas de matemática, física e química; enquanto a segunda (de 29 de outubro a 1º de novembro) terá provas discursivas das matérias específicas, além de português e inglês.

As especialidades a serem oferecidas aos alunos que concluírem o ciclo básico são: Fortificação e Construção (Engenharia Civil) - Elétrica - Eletrônica - Comunicações - Mecânica e de Armamento - Mecânica e de Automóveis - Materiais - Química - Cartografia - Computação. A relação das especialidades disponíveis, porém, está sujeita a alterações anuais. Outras informações: Subdivisão de Concursos do IME, (21) 2546.7132 ou (21) 2546.7007 (de segunda a quinta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 16h30, e sexta-feira, das 8h às 12h - horário de Brasília).

EFOMM - A Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM) inscreve para o Vestibular 2013 até o dia 29 de julho, exclusivamente pela internet. A taxa de inscrição custa R$ 50. As provas serão realizadas nos dias 1º (português, redação e inglês) e 2 de setembro (matemática e física).
Ao todo, são oferecidas 386 vagas, das quais 238 para o Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA), no Rio de Janeiro-RJ, e 148 vagas para Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (CIABA), em Belém-PA. A previsão é de que a lista dos aprovados seja divulgada até o dia 24 de setembro. Outras informações: (21) 3505.3100.
ESPCEX/SP - A Escola Preparatória de Cadetes do Exército (ESPECEX) inscreve para o exame de admissão a partir do dia 26 de julho até 9 de agosto. O valor da taxa de inscrição é de R$ 80.
As provas acontecerão nos dias 6 e 7 de outubro com provas de português, redação, física e química, no primeiro dia, e de matemática, e geografia, história e inglês, no segundo. A lista inicial dos candidatos aprovados no exame intelectual será divulgada até o dia 19 de dezembro.

A duração do curso é de um ano, quando então, o ingressante é encaminhado à Academia Militar das Agulhas Negras na condição de aspirante. Outras informações: (19) 3744.2000 | (19) 3744.2042.

ESCOLA NAVAL - Até o dia 10 de agosto estão abertas as inscrições para o preenchimento de 41 vagas na Escola Naval. O investimento é de R$ 30. OS candidatos farão provas de matemática, física, português, inglês e redação.
Os Cursos ministrados na Escola Naval são destinados à formação de Oficiais para o Corpo da Armada, o Corpo de Fuzileiros Navais e o Corpo de Intendentes de Marinha (CIM). O ensino é estruturado em um ciclo escolar, realizado pelo aluno na graduação de aspirante, com duração de quatro anos letivos, para todos os cursos, sob regime de internato, e um ciclo pós-escolar. Outras informações: (21) 2104.6006.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Por que ocorrem terremotos no Nordeste do Brasil? por Paulo Barros Correia

Colisão entre as placas Sulamericana, a placa de Nazca e a placa Africana. As setas azuis mostram a direção e o sentido do movimento das placas.







 A superfície terrestre é composta por placas litosféricas rígidas, que incluem crosta continental e oceânica, chamadas de placas tectônicas. Essas placas flutuam sobre uma camada viscosa da parte mais externa do manto, que os geocientistas chamam de astenosfera. As placas tectônicas se distribuem na superfície terrestre como se fossem peças de um quebra-cabeça. Se uma peça dessas se move, vai colidir com as suas vizinhas. Essa colisão provoca dois tipos de terremotos, os terremotos de borda de placa, mais fortes, como os que ocorrem no Chile e os terremotos intraplaca, historicamente mais fracos, como os que ocorrem no Nordeste. A placa em que viajamos é a Placa Sulamericana, que colide com a Placa de Nazca a oeste (Figura 1), e a leste, ela se afasta da Placa Africana, como mostram as setas azuis divergentes da Figura 1. A colisão a oeste é do tipo zona de subducção (Figura 2), onde a placa de Nazca que é oceânica e mais densa mergulha sob a placa Sulamenricana, que é continental e menos densa. Já na borda leste, o mecanismo envolve uma célula de convecção que faz o magma ascender à superfície afastando as duas placas, dando origem à cadeia meso-atlântica, mostrada na Figura 3. Diante disto é fácil compreender que a Placa Sulamericana está submetida a um regime compressivo provocado pelo empurrão da Placa de Nazca de oeste para leste, e pela ascensão magmática na cadeia meso-atlântica, que a empurra para oeste.
Mecanismos de colisão da Placa Sulamericana, a oeste com a Placa de Nazca (A) e do afastamento a leste, da Placa Africana (B). 



Essa compressão a que está submetida a Placa Sulamericana, é a principal responsável pela maioria dos abalos sísmicos que ocorrem no Nordeste. Estando sobre uma unidade geológica muito antiga, mas cheia de falhas, chamada Província Borborema (Figura 3), o Nordeste é sismologicamente instável. As falhas mais extensas e profundas constituem verdadeiras zonas de fraqueza da crosta terrestre, que os geocientistas chamam de suturas, tendem a se movimentar, provocando diversos abalos sísmicos. Uma dessas suturas corta o estado de Pernambuco desde o Recife até a divisa com o estado do Piauí. Essa grande falha geológica, de pelo menos 550
Falhas geológicas profundas ou zonas de fraqueza na Província Borborema. As setas vermelhas representam os esforços compressivos originados nas bordas da placa Sulamernicana. milhões de anos, constitui uma sutura vertical da ordem de 30 km de profundidade. Na terminologia geológica é denominada Zona de Cisalhamento Pernambuco ou Lineamento Pernambuco.
Mapa de Pernambuco mostrando a Zona de Cisalhamento Pernambuco em branco e as falhas associadas em preto. As setas laterais vermelhas representam a compressão sofrida pela placa Sulamericana e as bolinhas vermelhas são os locais onde já ocorreram abalos sísmicos. 



Ao longo da Zona de Cisalhamento Pernambuco os sismos se distribuem às vezes sobre a própria zona de cisalhamento, às vezes acima ou abaixo da mesma, associado a alguma falha de menor extensão. Comparados com os terremotos que ocorrem na borda oeste da placa Sulamericana, os abalos sísmicos do Nordeste são muito menos intensos, devido à sua situação intraplaca. Não há, como no Chile, uma placa mergulhando por baixo da outra provocando grandes terremotos. O Nordeste brasileiro está longe das bordas da placa. Os terremotos são de magnitude baixa e ocorrem provocando pequenos abalos, às vezes em grande quantidade. É bom que seja assim, pois é um sinal de que o esforço está sendo dissipado em doses homeopáticas, não permitindo o acumulo de grande quantidade de energia, capaz de provocar sismos de maior magnitude. Até agora não há como prever de uma maneira efetiva a hora e o local exato dos abalos sísmicos. Com todo o avanço da tecnologia na construção de sensores sofisticados, no momento é impossível precisar, principalmente o dia e a hora do evento sísmico. Com relação aos locais dos sismos se sabe que em geral os eventos ocorrem sempre associados a falhamentos ou suturas. No Nordeste o monitoramento dos sismos é feito através de estações sismográficas controladas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que tem o único observatório sismológico da região. Eventualmente a Universidade de São Paulo (USP), através do Instituto Astronômico e Geofísico, e a Universidade de Brasília (UnB) realizam pesquisas sismológicas na região. No entanto os conhecimentos ainda são parcos uma vez que a pesquisa nessa área ainda é incipiente. Não se sabe ainda, por exemplo, se o esforço acumulado na placa está sendo completamente dissipado através desses pequenos abalos. Será que regionalmente a placa não está acumulando esforço para depois liberar toda essa energia de uma só vez, apesar dos pequenos abalos? A resposta a essa pergunta só acontecerá com intensa pesquisa e apoio dos órgãos públicos. 



Paulo de Barros Correia é professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).Texto na integra na Revista Eletrônica de Jornalismo Científico.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

AS REDES SOCIAIS E O FESTIVAL DO VAZIO


   As redes sociais são muito interessantes e importantes como mecanismos de socialização. Quando se fala em rede social à cabeça das pessoas se fixa automaticamente na internet, mas o grupo de amigos da escola, a igreja, o time que você joga, a turma em geral e, claro, a família formam redes sociais ativas.         
              Atualmente temos orkuts, facebooks, twitters e outros menos famosos. Mas, só uma observação, e não sei se outras pessoas que usam essas redes virtuais percebem isso. QUANTO LIXO, QUANTA BESTEIRA, QUANTA COISA SEM IMPORTÃNCIA. Olhem a maioria desses posts em todas as redes, é uma distribuição de coisas sem sentido, frases desconexas, mensagens sacadas de livros de alto ajuda de segunda categoria e uma necessidade absurda de reconhecimento por: " NADA".
              As pessoas pedem que compartilhem ideias que não são delas, ideias vazias, ou suas próprias imagens como se estivessem fazendo algo importante a não ser poses com dedo para cima, na frente do espelho etc, em uma promoção de "NADA" que não se vê de que. São um excesso de caras e bocas em uma cópia mal feita de revistas de fofocas. Não a idéias, não há atitudes, não há ações. São frases vazias, imagens vazias, pedidos vazios em uma competição de popularidade, acumulo de amigos, “curtições” e compartilhamentos, como que para preencher o vazio da alma. A impressão que se tem é que algumas pessoas não recebem elogios nunca, nem dos pais, dos namorados, amigos, nem de si mesmos. É um festival de vazio.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Universidade de Pernambuco e a Educação de Qualidade


Claro que todos nós erramos e muito. Ninguém é obrigado a sabe tudo nem ter todas as respostas. Mas existem coisas que parecem mais displicência do que simples erros resultado de falta de instrução. Imaginamos que as pessoas em uma universidade cometem erros – claro – mas esperamos o máximo de atenção de quem cuida de centros que não são apenas de ensino, mas centros de pesquisa de alto nível. O que dizer então do site de inscrição para os vestibulandos 2012-2013 da Universidade de Pernambuco. Além de lento e apresentar erros quando se tentar acessar, mas colocaremos a culpa no excesso de gente tentando fazer suas inscrições – observamos este erro na página, indicado na foto acima. Claro, não foi os diretores nem pesquisadores nem professores que fizeram o site, mas a UPE é responsável por ele. Qual mensagem passa para os jovens vestibulandos quando logo no ato inicial eles se deparam com o grotesco. Boa prova de vestibular para todos e esperamos que esta seja o único erro que encontrarão em suas carreiras acadêmicas.

domingo, 15 de julho de 2012

Time de basquete dos EUA joga no Recife: II Intercâmbio Internacional de Basquetebol Brasil-EUA


 
 
 
 Programação:

16/07 - SEG – Jogo contra o BFC, às 16h, em Carpina.

17/07 - TER – Jogo contra o Nosso Clube, às 19h30, no Colégio Lubienska/Recanto.

Clínica para as escolinhas e adolescentes do Nosso Clube Social das 16h30 às 18h30.

18/07 - QUA – Jogo contra a UNICAP, às 19h, no Círculo Militar.

19/07 - QUI – Folga.

20/07 - SEX – Jogo contra o Náutico, às 19h30, no Clube Náutico.

Clínica para as escolinhas e adolescentes do Náutico das 16h30 às 18h30.

21/07 - SAB - Clínica para os técnicos das 14h às 16h, na Faculdade Maurício de Nassau.

Jogo contra a seleção da 2ª divisão do PE, às 16h30.

22/07 - DOM - Clínica para os técnicos das 9h30 às 11h, na Faculdade Maurício de Nassau.

Jogo contra a seleção da 1ª divisão do PE, às 11h30.



23/07 - SEG – Jogo contra o Sport / Fac. Maurício de Nassau, às 18h, na Nassau.

Clínica para as escolinhas e adolescentes do Sport das 15h às 17h.

24/07 - TER - Jogo contra a FASE, às 19h30, no Colégio Santa Emília.

Clínica para as escolinhas e adolescentes do Colégio Sta. Emília das 16h30 às 18h30.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Brasileiros nos Estados Unidos


De acordo com estimativas do Ministério das Relações Exteriores, entre 1,2 a 1,5 milhão de brasileiros moram nos Estados Unidos atualmente, acreditando-se que apenas a metade esteja em situação regular no país. Os números representam a maior colônia brasileira no exterior que preferem particularmente as áreas da Grande Boston, Nova Iorque, Miami, e Nova Jersey. Uma análise de dados do censo americano indica que 11% dos imigrantes brasileiros nos Estados Unidos vivem na pobreza. Os resultados destacam que que essa porcentagem de imigrantes brasileiros aumenta para 36% se forem consideradas todas as pessoas vivendo na pobreza ou pouco acima da linha de pobreza.No topo da lista, estão os dominicanos (27,9%), seguidos pelos mexicanos (22%). Um total de 23 milhões de imigrantes e seus filhos nascidos nos Estados Unidos vivem na pobreza ou pouco acima da linha da pobreza no país, também de acordo com o estudo. O estudo incluiu imigrantes legais e ilegais Não há estatísticas sobre o assunto, mas analistas de Imigração destacam que a evasão escolar de alunos brasileiros ocorre numa taxa maior do que a de outros grupos. Evasão escolar, acesso limitado ao sistema de ensino superior, ilegalidade e dificuldades em se definir como brasileiro, americano ou latino.Os filhos de brasileiros comem pior, têm baixa auto-estima. E as crianças não pediram para morar nos Estados Unidos. Há uma dificuldade de compreensão de “latinidade”. Os adolescentes brasileiros mantêm-se isolados nos Estados Unidos. Não há tampouco uma integração entre afro-brasileiros e afro-americanos.

Brasileiros no Exterior
1º. Estados Unidos: 1.200.000 de brasileiros aproximadamente
2º. Paraguai: 500.000
3º. Japão: 300.000
4º. Reino Unido: 150.000
5º. Portugal: 147.500
6º. Itália: 132.000
7º. Espanha: 110.000
8º. Alemanha: 46.000
9º. Argentina: 38.500
10º. França: 30.000

 Fontes: Ministério das Relações Exteriores do Brasil ; Freddy de Freitas do Portal Brasil;  g1.globo.com

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Educação de Qualidade? 2


Felizmente não há dúvidas da intenção da mensagem do caminhoneiro. Provavelmente um sujeito de bastante fé. Mas a construção dá frase da foto acima é péssima. A segunda foto dispensa comentários de uma gramática tão tosca que só passa pela cabeça a ideia de que as aulas de língua portuguesa na escola não foram INESQUECIVEIS.

Oficina de Basquete em Santo Amaro (Recife)


Com o objetivo de divulgar o basquete e o esporte em geral realizamos oficina de basquete na comunidade de Santo Amaro. Dezenas de jovens se fizeram presentes e algumas questões que para quem é atleta, técnico, fã do esporte  já são questões unânimes: Não se vê os jogos na televisão a divulgação da atividade é mínima, os professores de Educação Física nas escolas não ensinam a atividade e quando o fazem é de forma limitada e, pior de tudo não existem quadras nas escolas e nas comunidades par quem deseja praticar. Acrescenta-se que infelizmente, onde existem quadras, arruaceiros destroem. Triste realidade a nossa.

domingo, 8 de julho de 2012

Primeiros Socorros


Para quem, como eu, começou há fazer trilha a pouco tempo vai umas dicas muito boas de primeiros socorros

Torções

Quando elas acontecem, o procedimento padrão é manter a parte afetada erguida e aplicar bolsa de gelo ou água fria. Após o primeiro dia, fazer compressas quentes. Procure não "forçar" a articulação.

Cortes e arranhões

Simples e fundamental: lave o ferimento com água e sabão. Depois passe desinfetante e água oxigenada. Se houver corpo estranho (caco de vidro, farpa, espinho, etc.), remova-o com uma pinça. Seque o ferimento e aplique mertiolate. Se o machucado for pequeno cubra com um band-aid; se for grande, use gaze e esparadrapo.

Hemorragia no nariz

Este é um problema muito comum, quando se toma sol em excesso. Nesse caso faça a pessoa sentar-se e incline a cabeça dela para frente. A idéia é que o sangue vá para a garganta e seja engolido. Na seqüência, aperte as narinas por alguns minutos. Se não ceder, aplique gelo ou pano molhado sobre o nariz.

Fraturas

Atenção: se há suspeita de fraturas, nunca tente colocar o osso no lugar. Imobilize o local e improvise talas com madeira ou galhos de árvores e alcochoe-as com um material macio. O comprimento das talas deve ultrapassar as articulações acima ou abaixo do local da fratura. Amarre-as com tiras de pano em torno do local. E, claro, procure com urgência o hospital mais próximo.

Picadas de insetos

Use a pomada específica que está no kit. Na falta dela, use álcool ou aguardente para massagear o local atingido. Se houver ferrão, tire-o com uma pinça ou agulha limpa antes de qualquer outro procedimento.

Picada de bichos peçonhentos

Deite a vítima e não a deixe fazer nenhum esforço. Faça uma boa limpeza no local da picada com água e sabão e aplique compressas frias. Mesmo se você não tiver certeza de que o animal é venenoso, vá para o hospital e tente levar o bicho junto (vivo ou morto) para identificação.

Corpos estranhos

Parece mentira, mas, não é muito incomum insetos entrarem no ouvido dos aventureiros. Quando isso acontecer, a dica é pingar álcool doméstico lá dentro. Fique deitado de lado com o ouvido afetado para cima. Mantenha-se assim por alguns minutos. Mude a posição para escorrer o líquido e o bicho morto junto. Outra boa opção é utilizar óleo comestível. No caso de ter algo entre os olhos, nunca esfregue nem tente tirar com as mãos. Feche-os para que as lágrimas lavem e removam o corpo estranho ou irrigue o olho com água limpa. No nariz, comprima a narina não obstruída com o dedo e tente expelir o ar com calma pela narina onde está o intruso.

Queimadura

Queimou? Na mesma hora jogue água fria sobre a área atingida. Se não tiver bolha aplique a pomada específica. Procure ajuda médica nos seguintes casos: se a queimadura afetar uma área extensa; se a pele estiver aberta e cheia de bolhas; ou se a vítima estiver com dores que não passam com analgésicos leves.

Afogamento

Antes de pular na água para salvar a vítima avalie as condições do lugar. Por onde é melhor chegar até ela? Há correnteza? Se vítima estiver consciente, procure segurá-la por trás, de forma que ela não possa impedi-lo de nadar. Quando chegar à margem e o afogado estiver consciente, tranqüilize-o e aqueça-o. Se estiver inconsciente, faça respiração boca-a-boca tampando as narinas e assoprando dentro da boca em intervalos de 5 segundos.

Insolação

Coloque a vítima na sombra, faça compressas frias sobre a cabeça e envolva o corpo com panos molhados. Deite-a de costas, apoiando os ombros para que fiquem mais altos que o resto do corpo.

Extraido de http://www.gebrapa.com.br

Mapa Turístico do Recife


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Torneio de Basquete

1º Torneio de Basquete de Brasília Teimosa que será realizado nos finais de semana do mês de agosto. Inscrições durante todo o mês de julho. Divulgação da tabela no último domingo de julho. Mais informações pelo e-mail: basquetebrasilia@hotmail.com através do qual será enviado ficha de inscrição e regulamento.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Recife que não tenho 2


“... nesta terra, em se plantando tudo dá...
Continuo pensando nas palmeiras, não só do Recife, mas de todo este Brasil. Bem, é inevitável a sua beleza, este ar de trópicos que estas plantas provocam e tão espalhadas pelo nosso litoral, confundida com a natureza nativa apesar de ser tão migrante quanto o português ou qualquer outro de além-mar. As palmeiras tendem a permanecer, mas descobri que é mais fácil preservá-las por seu fruto e água terem virado produtos industrializáveis que por qualquer consciência ecológica. O nosso mangue tem outra história, nunca serviu para nada. Eu me lembro garoto atravessando a ponte do Pina a pé ou andando de lancha saída de porto improvisado de Brasília Teimosa até o Cais de Santa Rita quando destruíam o matagal para levantar o Cabangá Iate Clube e achávamos tudo muito bonito. Afinal, teríamos um iate clube de vizinho, que além de parecer muito bonito valoriza o preço de nossas casinhas. Com o tempo, porém, as pessoas mais simples de nossa comunidade perceberam o óbvio, que para nós não existia. Alguma coisa errada acontecia com nossa maré, que estava mais suja e com menos peixes. Alguém de uma universidade qualquer que não lembro, foi para a televisão dizer que o mangue protegia nossa maré, que absorvia o lixo que teimosamente jogávamos ao mar, que absorvia as impurezas além de ser viveiro dos preciosos seres do mar que alimentavam as populações ribeirinhas da área. Lembro que passar a ter que valorizar o mangue virou assunto de escola, de professor de biologia que não punha o pé na maré e que agora teimava em nós dar consciência ecológica. Descobrimos coisas sérias. Que as palmeiras não eram nossas e que o mangue sim, esse era tupiniquim, brasileiro, verde e amarelo. Desde então o mangue passou a ser mais bonito para mim. Não parecia ser mais mato na maré, mato que parecia atrair a lama e atrapalhar o mergulho. Mato que teimosamente se espalhava pelos caminhos de espuma das lanchas.

O Recife que não tenho


“Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá”
A cada dia fica mais difícil encontrar palmeiras nas grandes cidades, e quanto ao canto do sabiá ou de qualquer ave canora, substituídas que estão sendo em seus acordes pelos digitalizados. Mas, ainda é um poema que pode ser cantado por qualquer cidadão saudoso de sua casa. De qualquer modo, em minha urbana cidade ainda é possível encontrar algumas palmeiras e coqueiros nas nossas belas praias, que para continuarem belas precisam de um pouco mais de amor de seus banhistas. Também é possível apreciar o som dos pássaros, não o lamento triste do engaiolado, mas, aqui e ali, um gorjeio florido de quem ainda têm liberdade, mesmo que seja em algumas reservas do Horto, tão bonito quanto o que tenho em minha cidade, mas, tão maltratado por quem dele se utiliza. Em uma cidade já tão urbanizada, maltratada pela beleza selvagem do desenvolvimento, sempre é possível, fora do horário corrido, e do leva e trás dos ônibus lotados de trabalhadores que a constroem, mas não tem tempo para apreciá-la, encontrar a beleza da mão humana. Percorro as ruas estreitas de construções seculares que se assemelham a arquitetura moderna, apenas pela necessidade de quem as fez, e da época que as sugeriu. O cheiro do tempo me faz procurar os passos dos antigos, suas roupas, enfeites e manias. E posso imaginar, e imaginar acima de tudo que eram pessoas como eu, que tinham que viver, trabalhar e sonhar, como todos os outros de todos os tempos, de todas as cidades por este país afora. O tempo mostra a época e a cabeça de cada um, prédios com cara de obra de arte, a imensidão de Igrejas de todas as cores, as suas festas mais comportadas, ou menos, depende também da época. As pontes, os trilhos dos bondes - hoje sem utilidade, mas ainda presentes. Todo um conjunto, dentro de um conjunto, montado pelo tempo e pela necessidade das pessoas, que se for separado do hoje, ganhará a beleza dos tempos passados ou o charme discreto de cidadezinha do interior. É tudo uma questão de saber andar e o que olhar. É inevitável tentar pensar a cabeça dos que vieram antes, e por um breve momento se transportar magicamente para tempos idos. Mas não fujamos demais do mundo moderno, afinal, nascemos aqui, neste agora. Meu primeiro encontro com a cidade foi àquela maternidade, que continua servindo como porta de entrada para outros tantos novos cidadãos. Depois a minha casa, que pode não ter uma arquitetura de valor histórico e tudo mais, mais é a minha casa. A célula base de toda esta metrópole, que se orgulha da imponência de seus prédios, de suas auto-estradas, de sua iluminação e de ser um pedaço do Brasil. Posso achar meu mundo em outras partes, na escola, por exemplo, na Igreja do bairro, no trabalho, no clube. Lugares do coletivo, da construção da consciência de que não estamos sozinhos, de que há algo maior. É no coletivo que percebemos, ou ao menos esperamos, buscar a harmonia para construir uma época. É até interessante, e também necessário, pensar o que no futuro será está minha terra. Que para mudar, não depende só dela, pois está ligada aos acontecimentos de um grande país. Mas é uma preocupação que deve estar presente, sempre, na cabeça de todos os que respiram o mesmo ar. É possível até acreditar em uma cidade futurista, desta de filmes, mas eu sempre reservarei um espaço para minhas palmeiras a beira do mar e para o canto do sabiá.

Passeio ao Domingo


              Nossa cidade é muito feia! Não parece - pensando em todas as que conheço - mas a nossa é particularmente feia!
              De segunda a sábado não consigo ver outra coisa além de feiúra, muito calor e gente correndo de um lado para outro um tanto quanto sem rumo em seu caminhar firme para algum lugar que só para ele, caminhante, é importante.
              Caminhar esse se deve registrar, atrapalhado pelo excesso de barracas atravessando as calçadas, ruas, becos, vielas. Autorizados ou não lá estão eles, os ambulantes, garantindo em sua faina diária o seu ganha pão, e atrapalhando o caminho dos andantes, também em busca de pão.
              Além das barracas, claro, e já quase uma paisagem tão natural a esta terra quanto as importadas palmeiras, as motos. De todos os tipos e cores, nacionais e importadas, novas e velhas, grande e pequenas, mas todas inexoravelmente estacionadas no lugar errado. Em cima das calçadas, na passagem dos ônibus, ocupando um lugar que não lhes pertence à não ser para seus proprietários, também avexados que não tiveram tempo de estacionar em lugar correto.
              Assim vamos todos nós, desta cidade, jovem de séculos, apressados, enfeando o ambiente e participando com nossa fealdade para aprimorar o que parece catastrófico.
              Mas, busquemos a beleza!
              Não existe dia melhor para se conhecer o Recife – estou me referindo ao Centro da cidade – do que aos domingos. Primeiro, a passagem ultimamente é mais barata, metade do preço.  Depois parece que a maioria não gosta muito de ir ao centro da cidade, principalmente em busca de lazer.
              Se formos procurar a maioria das pessoas nos domingos nós as encontraremos, em grande parte lotando o nosso litoral; a praia de Boa Viagem precisará logo de sinal de trânsito. Ou nos shoppings. Temos vários agora.
              Desta forma o centro fica vazio.
              Pegamos o metrô ou um ônibus também vazios. Sem empurra-empurra, música alta, invariavelmente de gosto duvidoso, pregadores, xingamentos ao motorista, ou a sua pobre mãe, etc.
              O passeio de metrô é mais bonito e agradável. Lembra, de alguma forma os passeios de trem para o interior. Pode-se apreciar a periferia que parece mais calma e bonita também aos domingos. Vemos pelas janelas crianças batendo bola, mulheres conversando, velhos senhores jogando dominó. A estação central é um misto do moderno e do passado. Museu do trem, fachada ornamentada com o que havia de melhor no século XIX, ladeado por moderna estação de metrô de superfície.
              Saímos da estação e tropeçamos na história. Estamos de frente a atual Casa da Cultura, centro de artesanato regional e de artistas dos mais diversos matizes. Antigo presídio que ainda parece carregar as dores de seus antigos moradores nas paredes, mas atual fonte carregada de pernambucanidade, muito procurada por turistas.
              A partir daí começamos a vaguear pela cidade; as ruelas estão mais limpas aos domingos do que em qualquer dia. Limpa de pessoas e da sujeira cotidiana.  E possível distinguir os prédios. Sem ser especialista podemos tentar adivinhar-lhes a idade. Ao menos dizer que este ou aquele é da metade do século XX, do início do século XX, aquele outro do século XIX.
              Paredes, portas, portais, cores, jarretas, gárgulas, santos, títulos, estatuas que ganham vida. Heróis, alguns que aprendemos os nomes na escola outros que nunca ouvimos falar. Os nomes das ruas aparecem, estranhamente em algumas diferentes do que acostumávamos a chamar.
              Simplesmente surge ante nós uma cidade nova. Quase diferente da nossa cidade, mas a nossa cidade de sempre que o dia-a-dia nos impede de enxergar.